O presidente
eleito, Jair Bolsonaro, atribuiu os bons resultados obtidos em recente pesquisa
de opinião sobre expectativas de seu governo, ao acerto na escolha dos
titulares dos ministérios. Segundo Bolsonaro, foram decisões técnicas, e não
políticas, o que agradou à população. Bolsonaro falou à imprensa na tarde deste
domingo (16), em um quiosque na Barra da Tijuca, onde foi tomar uma água de
coco e foi muito festejado por pessoas que estavam no local.
[É um reflexo, com
toda a certeza, do bom ministério escolhido. Sem o critério político. Então
isso aí dá uma esperança no povo [de] que algo diferente vai acontecer], disse
ele, em referência à pesquisa CNI/Ibope divulgada na última quinta-feira (13),
em que 75 por cento dos entrevistados dizem que o futuro governo está no
caminho certo e 64 por cento dos entrevistados acreditam que a administração
dele será ótima ou boa.
Bolsonaro reafirmou
que o tema pena de morte não está em sua agenda e rebateu entrevista publicada
pelo jornal O Globo deste domingo, com o deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP), na qual este defende a medida, para casos como tráfico de drogas ou crimes
hediondos, dependendo de plebiscito popular. O parlamentar é filho do
presidente eleito.
[Não está em nosso
plano, não está em nosso programa, não foi debatido durante a campanha.
Enquanto eu for presidente, da minha parte, não teremos esta agenda. A matéria
[de O Globo] puxa documentos do Itamaraty do ano passado. Porque ele [Eduardo]
foi à Indonésia ver como é que diminuiu a violência lá. E foi implementado a
pena de morte lá. Mas não é esta a nossa intenção, até porque sabemos que está
em cláusula pétrea [na Constituição] que no Brasil não haverá pena de morte],
explicou o futuro presidente.
Perguntado se iria
convidar o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, para sua posse, Bolsonaro
foi incisivo, dizendo que nem ele, nem o atual presidente de Cuba, Miguel
Díaz-Canel receberiam convite.
[Ele não vai receber,
nem o ditador que substituiu o Raúl Castro [Canel]. É uma ditadura, não podemos
admitir. O povo lá não tem liberdade. Os [médicos] cubanos foram embora por
quê? Porque sabiam que eu ia descobrir que grande parte deles, ou parte deles,
eram agentes e militares. E não podemos admitir trabalho escravo aqui no
Brasil, com a máscara de trabalho humanitário voltado para pobres, no tocante a
médicos, e não é verdade isso aí], ressaltou Bolsonaro. (Agencia Brasil)
Foto: Tânia
Rego/Arquivo/Agência Brasil